08 janeiro 2017

A caminho de casa


(foto de Gonçalo Ramos) 

De regresso a casa, após um dia fantástico, em excelente companhia, meus pensamentos divagam por estradas tortuosas.
Não há teorias de psicólogos, psiquiatras, life coaching, ou outra coisa qualquer que nos prepare para os eventos e embates da VIDA, por muito que nos achemos preparados e com forças para os enfrentar.
Cada dia é um desafio duro à nossa resistência física, mas acima de tudo, à nossa resistência psicológica e moral e muitas vezes caímos, esgotados e sem forças.
Vermos, sentirmos e nada podermos fazer, a não ser estarmos presentes e darmos o nosso melhor e muitas vezes nem isso chega…verga-nos de uma forma tão dura, tão desgastante, que se tivéssemos o condão de trocarmos de lugar…trocaríamos sem hesitar e ficaríamos mais tranquilos, mais felizes, porque então, seriamos nós a suportar a dor, o sofrimento, a perda de tudo e não doeria a duplicar… E, imersa nestes pensamentos, perco-me de mim mesma, porque desejaria fazer mais e melhor, mas as forças falham, o sentido da VIDA perde-se e a única coisa que resta é a FÉ e é a essa FÉ que me agarro, que me sustenta, que me mantém de pé, que me dá lucidez para continuar.
A caminho de casa…o pensamento perdeu-se algures e fugiu por aí…

2 comentários:

  1. Que bom que tem esse enorme consolo que é a fé. Quem dera que a minha não fosse tão periclitante.
    Um abraço e uma boa semana

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  2. A minha fé é pouca, tu sabes disso, mas acredito nas pessoas e que saberás encontrar a melhor solução para encontrares e fazeres sempre esse teu caminho, não muito fácil mas que te levará sempre a bom porto.
    Um beijo amigo e solidário, sempre.
    Tudo de bom.

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