31 maio 2011

Á espera...

Sento-me, á beira rio, e espero. Os barcos chegam cheios de gente. Partem cheios de gente e eu continuo á espera.
O tempo passa, o sol esconde-se envergonhado por trás dos montes, a noite chega de mansinho e eu, com alguma dor, abandono o meu banco de estimação e digo-lhe baixinho: até amanhã.
Quem sabe, com o nascer de um novo dia a minha espera termine...

29 maio 2011

Música ao domingo [12]



Por terras durienses, com o rio Douro aos pés e estes montes fantásticos, com estas vinhas únicas, deixo-vos com esta música de um cantor e músico que aprecio e admiro e há que divulgar o que é nosso, porque o que é nacional é bom :)

E...nunca se esqueçam...OUSEM SER FELIZES!!!

24 maio 2011

De volta às “velhas” rotinas

Voltei, ontem, às “velhas” rotinas hospitalares, tão bem conhecidas por mim e que eu nunca pensei voltar a ter.
Mas, a vida, troca-nos as voltas e volta e meia, meia volta, voltamos aquilo que não queremos e por isso, lá fui eu, para a fila (horas intermináveis em jejum) para fazer análises ao sangue.
Acho inadmissível, num hospital central, deixarem os utentes tantas horas em jejum, terem um serviço, que teve uma intervenção para melhorar o atendimento e em vez disso piorou ao ponto de nem colocarem um penso rápido no braço das pessoas que foram tirar sangue…a que ponto chegou a saúde neste país e desabafos á parte…vai piorar!!!
Pequeno almoço tomado (tarde e más horas) mais um banho de assento para fazer um exame médico. Mas agora com a barriguita aconchegada, não custou muito…mas não ficou por aqui, pois ainda faltava a consulta, mais uma espera, mas não havia nada a fazer e a última paragem…a farmácia ambulatória do hospital para levantar a medicação mensal.
Este é um desabafo dos grandes, e aí, tenho que dizer que…se o hospital não dispensasse a medicação, nem eu nem ninguém conseguiria tratar-se neste bendito país, pois, espero que se sentem, antes de lerem esta parte…a minha medicação mensal, custa ao hospital a módica quantia de €2000.
Quem se consegue tratar, se tiver que pagar este valor mensal? Bem morre antes de se tratar, não acham?
A bem da verdade, nem tudo funciona mal, no sistema de saúde e um hospital central suportar, mensalmente, esta quantia, só para um doente, é obra e das grandes.
Há situações más e intoleráveis nos hospitais centrais, mas também há situações a funcionar bem, tais como o caso da dispensa de medicação caríssima aos doentes e que cá fora não conseguiriam adquirir e assim não conseguiriam tratar-se.
No final das contas…as “velhas” rotinas estão aqui, e durarão cerca de 1 ano e eu cá estarei para as cumprir com todo o rigor, pois desse cumprimento depende a minha cura.
Até lá…OUSEM SER FELIZES!!!

19 maio 2011

Sobremesa fria de queijo e framboesa



Ingredientes
•Bolacha digestiva: 125 g
•Manteiga derretida: 80 g
•Queijo branco em creme: 400 g
•Ovos: 3
•Raspa de casca de limão: 1 colher de sopa
•Framboesas: 250 g
•Açúcar: 200 g

Preparação
Coloque as bolachas no 123 e pique até ficarem completamente esfareladas. Amasse com a manteiga derretida e estenda sobre uma superfície lisa.
Corte com um aro metálico redondo diversos círculos desta massa, que vai servir de base à sobremesa.
Limpe as framboesas com um pano húmido.
Numa taça, misture o queijo, a raspa de casca de limão, o açúcar e as gemas. Reduza as framboesas a puré e adicione. À parte, bata as claras em castelo e junte ao preparado anterior.
Deite este creme sobre os círculos de bolacha, usando as formas para manter a firmeza. Cubra com papel aderente e leve ao frigorífico pelo menos 2 horas antes de servir. Retire as formas com delicadeza e decore casa dose a seu gosto.

17 maio 2011

Encomenda da Ana Sofia

A minha Traquina Ana Sofia, enviou-me, ontem, através da sua Mãe (Dª Magda) uma encomenda muito especial, que eu quis partilhar com todos.
São ou não uma obra de arte, feitos com muito carinho, estes 2 desenhos?



Esta Traquina é uma maladra, muito querida, que me deixava sem jeito, quando se dirigia a mim e me dizia:"Professora, adoro-te tanto..."



Obrigada, Dª Magda, por ter enviado a encomenda da filhota e obrigada Ana Sofia pelos teus desenhos que adorei :)
Tenho imensas saudades dos meus queridos Traquinas, mas eles sabem que tive que os deixar por estar doente. No dia em que me despedi deles, as lágrimas corriam-me pela cara, e eles estavam tristes, mas a vida troca-nos as voltas e em 1º lugar está a nossa saúde e eu sei que eles estão bem e se lembram da sua Educadora Traquina :)
Parao todos os Traquinas e suas Familas, tudo de bom, um grande xi coração, cheio de saudades.

15 maio 2011

13 maio 2011

Somente uma mãe saberia...

Um dia minha mãe saiu e deixou meu pai a tomar conta de mim.

Eu tinha uns dois anos e meio. Alguém me tinha dado um jogo de chá de presente e era um dos meus brinquedos favoritos.

O meu pai estava na sala a ver as notícias na TV, quando eu trouxe para ele uma chávena de chá, que na realidade era apenas água. Após várias chávenas de chá, e eu continuava a receber elogios entusiasmados do meu pai a cada chávena servida, a minha mãe chegou.

Meu pai disse-lhe para se sentar na sala para me ver a trazer a chávena de chá, porque era a coisa mais fofa do mundo! A minha mãe esperou, e então, lá vinha eu pelo corredor com uma chávena de chá para o meu pai. A minha mãe viu-o beber o chá todo.

Então a minha mãe disse ao meu pai (apenas uma mãe saberia);

- Passou-te pela cabeça que o único lugar onde ela alcança água é na sanita?

Os pais não pensam igual às mães.....

11 maio 2011

Da minha janela…

Da minha janela vislumbro o meu rio, os montes que o moldam, as vinhas que lhe dão cor.
Da minha janela viajo no tempo, retrocedo á minha infância, e ouço os risos felizes da minha irmã, dos meus primos, dos meus vizinhos e claro os meus, a brincar no largo onde vivíamos.
Jogávamos á bola, brincávamos aos índios e cowboys, aos polícias e ladrões, construíamos alguns brinquedos, e no jardim, por trás da capela, desenhávamos a macaca na terra, e outras brincadeiras.
Hoje em dia…as crianças jogam playstation, vídeo jogos, jogos multimédia, brincam isoladas em frente ao computador e não sabem o que é brincar ao ar livre com outras crianças.
O que se perdeu pelo meio? Onde ficou a inocência da infância?
Da minha janela vejo os telhados das casas, algumas desabitadas, abandonadas e quase destruídas e lembro-me das pessoas que lá viviam na minha juventude. Meu olhar viaja um pouco mais e encontra a casa onde a minha irmã nasceu. Fecho os olhos e revejo aquela casa, cada pormenor, cada canto da casa, como se fosse hoje que nela habitasse e sai de lá com 5 anos. As memórias que guardamos da nossa infância são incríveis e vêm á nossa lembrança em momentos inesperados como este.
Era um casarão enorme, com 2 andares, muitos quartos, e lá viviam meus pais, eu, meu avô paterno (que tinha enviuvado) e uma prima da minha avó paterna, e a minha irmã que vinha a caminho (na barriga da minha mãe). Do 1º para o 2º andar as escadas eram em caracol e quantos tombos eu dei naquelas escadas…enfim…memórias.
Da minha janela, viajo nas memórias do tempo…
Um dia destes, talvez volte a essas memórias :)

06 maio 2011

Estranho, mas bom!

É uma sensação estranha, revisitar a minha terra natal, passear pelas ruas que me viram crescer, olhar para os rostos da minha juventude, saber que muitos já partiram, outros fizeram suas vidas longe como eu, outros ficaram por cá, acomodados, naquela vidinha rotineira de cidade do interior que se deixou ultrapassar pela modernidade, que está parada no tempo, que estagnou.
Se a vida por cá é mais tranquila? Claro que sim. As pessoas vão a pé para o seu local de trabalho, vivem uma vida sem grande ou nenhum stress, mas, ao fazer a minha caminhada habitual, ao final do dia, na companhia do meu Pai, reparo nos edifícios degradados, nas lojas fechadas e na ausência de pessoas nas ruas.
Na casa que me viu crescer, aí, as coisas são diferentes, parece que, de repente, parei no tempo, parece que de repente tenho outra vez 15 anos, o meu quarto está tal e qual como o deixei há mais de 20 anos, a casa, os cheiros, as rotinas, o ambiente é igual e isso é bom, muito bom e para quem atravessa um momento menos agradável e muito complicado, sabe bem encontrar esta paz e tranquilidade na casa materna que nos viu crescer.
Tenho vivido e sentido um misto de sensações, de emoções, de sentimentos, estranhos, mas bons!
É bom, muito bom, mesmo sendo por motivos de saúde, regressar às origens e sentirmo-nos novamente crianças, mas acima de tudo, não posso deixar de elogiar os meus Pais que têm sido fantásticos comigo, a minha irmã e o meu cunhado, em suma, a minha Família, que está ao meu lado, incondicionalmente, a apoiar-me e a ajudar-me.
E, afinal é bom estar por aqui!





01 maio 2011

De volta…ás origens

Estou de volta ás minhas origens!!! Por tempo indeterminado, ou pelo menos durante este ciclo de tratamentos. Nada melhor que estar de volta á nossa terra natal, às nossas raízes como forma de terapia, de processo de cura, estar rodeada pela família que irá ajudar e amparar e não terei que passar, novamente, por todo este processo sozinha.
Claro que terei idas mensais ao hospital, terei a medicação, as injecções, os controles mensais, os exames, para os médicos irem verificando a evolução dos tratamentos e da doença e há que ter fé, viver um dia de cada vez e acreditar que tudo irá correr pelo melhor.
Para trás, fica a minha casa fechada, fica a minha turminha de Traquinas, que me deixa uma saudade imensa e no coração trago todos os meus meninos e meninas que tanto carinho, alegria e força me davam no meu dia-a-dia.
Para trás fica a minha vida, os meus Amigos que me podem visitar aqui, nesta bela e tranquila cidade, que serão sempre bem-vindos neste cantinho acolhedor, mas, a partir de agora só tenho um objectivo em mente…tratar-me…curar-me…ultrapassar a doença e no futuro seja ele próximo ou distante, retomar a minha vida, a minha profissão, as minhas rotinas e os meus Traquinas, não estes que vão levantar voo para o 1º ciclo, mas aqueles que na altura ficarem ao meu cargo.
Estou bem, dentro do possível, um pouco triste, muito cansada (os tratamentos começam a dar um ar da sua graça) mas estou com a família, e a partir de hoje, não há lugar a tristezas, desânimos e sim a um sorriso de Esperança, a muita Força, Ânimo e Coragem.
Claro que não vou abandonar este cantinho, passarei por aqui, continuarei a escrever e a publicar sempre que tiver disposição e irei dando noticias :)
Nos próximos tempos estou aqui e vocês irão ficar roidinhos de inveja de não poderem estar por aqui…hehehehe…



Em ar de despedida, por hoje, Feliz Dia da Mãe, para todas as Mães do Mundo, mas em especial para a minha Mãe que neste momento é o meu porto de abrigo e que me ampara neste processo e que se revelou uma grande MULHER.
E, nunca se esqueçam…OUSEM SER FELIZES!!!

Hoje eu adotei um humano...

Partiu meu coração vê-lo tão sozinho e confuso. De repente vi os seus olhos lacrimejantes enquanto ele olhava para os meus. Então lati com t...