27 dezembro 2015

Para 2016...


Mas, acima de tudo, não nos esqueçamos de SER, ser seres humanos melhores, mais responsáveis, mais humildes e conscientes do seu papel na Família, na Sociedade, no Mundo. SERMOS mais fraternos, solidários, deixarmos de ser cegos ao que se passa à nossa volta, indiferentes com a nossa VIDA, indiferentes com as nossas responsabilidades, pois só conhecemos os nossos direitos e esquecemos, sistematicamente, as nossas obrigações. Temos que aprender a SER, pois o TER tem levado os países a destruirem-se, à fome e à degradação humana.
Muita Paz, Amor a Saúde para todos vós.

16 dezembro 2015

Mensagem de Natal


Não nos esqueçamos que o Natal é a celebração do nascimento de Cristo, que se fez pequeno e humilde, para dar o exemplo maior de AMOR à Humanidade e se já temos e transportamos essa centelha de AMOR em nossos corações, é porque já transportamos connosco, também, Jesus e como tal...espalhemos essa centelha de AMOR divino que vive em cada um de nós.
Olhemos para a Humanidade, da qual fazemos parte e pensemos no que fazemos de diferente, para mudarmos o rumo das coisas, ou se ainda somos iguais ao que fomos no passado...
Reflictamos, e vivamos e sintamos o Cristo em nós, nessa noite distante, em que pequeno e humilde, nasceu no nosso meio, para nos exemplificar o AMOR maior por todos.
Feliz Natal...e muita Paz em vossos corações.  

20 novembro 2015

Sala de espera…

(foto retirada da net)

Um destes dias, esperando a minha vez, para fazer uns exames, numa sala de espera apinhada de gente, deparo-me com um sistema informático colapsado e consultas e exames atrasados. Dependendo cada vez mais da informática e dos computadores, é inadmissível que tal aconteça e se deixe as pessoas horas á espera.
Pessoas ansiosas, com exames de outras clínicas, que vão ao melhor Centro Hospitalar do país á procura do resultado que lhes satisfaça e não seja o que os outros exames diagnosticaram.
Pessoas desesperadas, esperando a sua vez para fazerem os exames, que não confirmem os seus piores medos.
Sei como é, já estive daquele lado da barreira e, naquele dia, aguardei, serenamente, pela minha vez, pois só ia fazer exames de rotina, que confirmavam que estava tudo bem.
Sala de espera apinhada, com rostos ansiosos, com sistema informático colapsado, com consultas e exames atrasados, no melhor Centro Hospitalar do país?
Não gosto de ser polémica, mas compreendo a ansiedade, o medo daquelas pessoas, que esperando, horas a fio, nunca mais viam chegar a vez da sua consulta, para saberem se tinham a tão famigerada doença que ninguém ousa pronunciar “Cancro”.
Finalmente, chamam-me e enquanto faço os meus exames, a sala de espera esvazia…os rostos ansiosos das pessoas que enchiam a sala de espera foram embora, com a sentença dada nas suas consultas e exames…
E, mais uma sala de espera, de um Centro Hospitalar, ficou vazia…até á próxima consulta…

17 novembro 2015

Gentes que passam…


Há gente que passa, apressada, sem rosto, fechada, e eu observo seu passo apressado.
Gentes de todas as cores, de todos os formatos, com rugas, sem rugas, altos, magros, baixos, gordos, bonitos, feios, sós, de mãos dadas, abraçados, apressados, de rostos fechados, uns alegres, outros sisudos…
Que escondem seus olhos, seus rostos, suas rugas, seus passos apressados?
Que caminhos percorreram?
Que dores transportam na alma?
Quem amaram, quem fizeram feliz ou infeliz?
Uns vestem-se para impressionar a sociedade, outros para chocar, outros ainda vestem o que podem e tiram do armário velhos trapos guardados, esquecidos no tempo, mas são o que têm de melhor e hoje é o dia certo para os vestirem.
Gentes que passam, que observo e que de vez em quando, algumas têm a ousadia de me olhar nos olhos e questionar: porque me observas?
Quem és tu?
Quem sou eu?
Questão interessante…apenas mais uma pessoa, apressada, que se sentou no café, tranquilamente, a tomar o seu pequeno almoço, e que…ficou a observar as gentes apressadas a passar…

05 novembro 2015

E vão 2…

Não que seja importante para a maioria das pessoas, mas para mim, contar os anos, após a cirurgia que me removeu o cancro da mama é importante, e como tal…já lá vão 2 anos.
Neste dia, 5 de Novembro de 2013, a esta hora, aguardava, no Hospital de S. João, pela minha vez, para ir para o bloco operatório, para fazer uma mastectomia á mama direita e assim remover os tumores malignos.
Sempre encarei com optimismo, esperança e fé todo este processo e dizia a brincar (o tempo todo que estive internada), que estava lá para fazer uma cura de sono e tratar da minha beleza, pois passava a maior parte do tempo a dormir.
Acho que nunca dormi tanto na minha VIDA, como nos dias em que estive internada.
Não tinha dores, mau estar, ou outra coisa qualquer, sempre estive bem disposta e como tal, era um processo que tinha que passar para curar o cancro e salvar a minha VIDA.
Apesar de ainda não poder dizer que estou curada, posso dizer que sou uma sobrevivente e acredito que nada, na nossa VIDA, acontece por acaso e a forma como encaramos o que nos acontece, determina, em grande parte o resultado das coisas.
Sempre acreditei nos tratamentos, nos médicos e em mim, e acima de tudo, no poder da Fé e em Deus e cá estarei, por muitos e bons anos, se continuar a acreditar que tal é possível e me esforçar por ter um pensamento positivo.
E que venham mais anos bons, alegres, com saúde, Amigos e que a VIDA nos surpreenda sempre com o que ela tem de melhor.
E…OUSEMOS SER FELIZES!!!

02 julho 2015

Prisioneira


Hoje, sinto-me prisioneira dos meus fantasmas, passados e presentes, que me acorrentam, que me aprisionam, me enjaulam e sufocam.
Dançam, á minha volta, uma dança macabra, sussurrando palavras esquecidas, factos vividos que não quero recordar, avivando feridas mal saradas.
De repente…a música fica insuportável, o seu canto estoura-me os ouvidos, a visão fica nublada e as lembranças tornam-se um bolo amargo difícil de digerir.
Passado é passado – grito eu, desesperada e farta dessa lenga lenga.
Não volto a viver o que vivi, as lembranças, boas ou más, são parte de mim, mas os fantasmas posso expulsá-los.
No entanto, hoje, sinto-me sem forças, esgotada, farta de lutar contra os meus fantasmas, contra todos os que me assombram a VIDA.
Hoje, sinto-me como se estivesse numa cela de uma qualquer cadeia, presa por pecados cometidos contra todos.
Pecados, ou erros sociais, morais, ou outros que queiram imputar-me, não interessa, pois sinto o peso dos fantasmas, meus e dos outros a empurrar-me para um abismo que não é meu, que eu não quero.
Enjaulada…
Prisioneira…
Acorrentada…

15 maio 2015

Amar...


“Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.” (Machado de Assis)


                  


23 março 2015

11 anos é muito tempo?!

Hoje, este blogue, completa 11 anos de VIDA e começa a questionar-se se não será muito tempo? Quando os blogues começam a ficar esquecidos, abandonados, para uma escrita fácil e de leitura rápida como é o Facebook.
Será que os blogues não estão "condenados"?


Apesar disso, não deixo de comemorar...e deixo aqui, um "cheirinho" dessa festa, porque sim...é uma grande festa, resistir tanto tempo.


O bolo foi feito com todo o carinho, por mãos pasteleiras sábias que conhecem bem os meus gostos. Bonito, não acham?


O local, decorado a preceito, aguarda os convidados VIP e a imprensa para cobrir o evento para as principais revistas, que acham, está bonito? Tenho que me apressar, pois tenho a limusine á minha espera para me levar para o jantar e a principal convidada não se pode atrasar.


E, já agora...Parabéns para mim...autora deste incrível blogue, que resiste há 11 anos e para este blogue, resistente contra tudo...pois é somente uma leve brisa que sopra do coração.

19 março 2015

Dia do (meu) Pai


Entre estas duas fotos, distam muitos anos, mas o que me importa é que estiveste sempre presente na minha VIDA. Se as tuas decisões foram sempre acertadas? Isso não importa, pois fizeste sempre o melhor que pudeste e sabias e isso é tudo o que um/uma filho/a deve saber e sentir. Hoje é o teu dia e o dia de todos os Pais, mas tu e todos os Pais não o são só neste dia que vos é dedicado, mas são-no até “partirem” e eu sou uma privilegiada, pois tenho o meu rabujas com 82 anos ainda comigo.


Que estejas, ainda muitos e bons anos por cá, mesmo rabujas, são os meus votos para ti e já agora, Parabéns a todos os Pais que são dignos de serem chamados Pais e que estão sempre presentes na VIDA de seus filhos, educando-os e orientando-os com valores morais e sociais.

04 fevereiro 2015

Dia Mundial do Cancro


Eu acredito, porque sofri e sofro directamente os impactos da doença oncológica, mas é possível vencê-la. Um ano e alguns dias após a cirurgia que me removeu o cancro da mama, e após os tratamentos de quimioterapia e radioterapia, acredito que é possível vencer o cancro e continuar a ACREDITAR e continuar a LUTAR 

30 janeiro 2015

Armadilhas da mente

(foto de Manuel Rodrigues)


Quando queremos modificar alguns aspectos do nosso comportamento e da própria personalidade somos muitas vezes confrontados com aquilo que o psiquiatra Augusto Cury chama de “armadilhas da mente” (uma visão próxima da de Eckhart Tolle, autor de “O Poder do Agora”). O médico destaca habitualmente quatro, a saber:

Conformismo 
Esta armadilha da mente humana e que traduz-se pela arte de se acomodar, de não reagir e de aceitar passivamente as dificuldades psicológicas, os acontecimentos sociais e as barreiras físicas. As pessoas conformistas ficam prisioneiras do passado, são inertes e mentalmente preguiçosas transformando os fracassos em medo. O conformismo amordaça, por vezes, pessoas fascinantes e com muitas potencialidades.
Coitadismo
É a prática da auto compaixão, na verdade um conformismo potencializado. A pessoa que sofre desta armadilha veste o papel de vítima, apesar de ter, por vezes, um notável potencial ao seu dispor. Torna-se numa companhia cansativa, repetitiva, pessimista e gosta de publicitar as suas misérias.
Medo de Errar 
Traduz-se no medo de assumir os próprios erros e aceitar que, como todo o ser humano, cada um de nós pode ter imperfeições, defeitos, fragilidades, idiotices e incoerências.
Medo de Arriscar 
Este tipo de medo bloqueia a criatividade, a capacidade inventiva, a liberdade e a ousadia.

Para vencer estes obstáculos e colocar a inteligência ao serviço da personalidade, Augusto Cury descreve o que ele chama de Códigos da Inteligência – chaves para o uso pleno da nossa inteligência baseando-se no princípio de que as estratégias para vivenciarmos emoções positivas e termos pensamentos brilhantes não se encontram nos nossos genes mas sim na aprendizagem e no treino da mente.

Nelson S. Lima

03 janeiro 2015

Mais uma etapa...

Ontem, 6ª feira, pelas 11h, conclui mais uma etapa deste longo percurso, que tem sido e é a minha luta contra o cancro da mama.
Ontem retirei o cateter, por onde era administrada a quimioterapia.


O cateter estava localizado, conforme ilustra esta foto (não sou eu, como é lógico) que foi retirada da internet.


O mesmo, era idêntico a um destes, que a foto (retirada da internet) ilustra. Confesso que foi um alivio enorme, pois, para todos os efeitos, era um objecto estranho dentro do nosso corpo e como já não era preciso, a Oncologia deu autorização para ser removido.
Tenho que, fazer aqui, um elogio à Unidade de Cirurgia de Ambulatório do Centro Hospitalar do S. João a funcionar em Valongo, pois para além das excelentes instalações que possui, o pessoal médico, enfermeiros e pessoal auxiliar são de uma simpatia e profissionalismo e dedicação fora de série.
 Fui muito bem tratada, com todo o cuidado, algo que só é habitual ver-se em hospitais privados (porque se paga e muito), e aqui num hospital público vi e senti na pele algo que nunca pensei ver...dedicação, simpatia, profissionalismo e excelentes instalações.
Parabéns a todos os profissionais que lá trabalham. O ano de 2015, para mim, começou da melhor forma e assim irá continuar...sempre positivo, pois depende de mim ser positiva, alegre e lutadora, sempre com Fé, Esperança.
E, irei sempre...OUSAR SER FELIZ!!!

Hoje eu adotei um humano...

Partiu meu coração vê-lo tão sozinho e confuso. De repente vi os seus olhos lacrimejantes enquanto ele olhava para os meus. Então lati com t...