-Olá, então por aqui? – perguntou a M.
Olhei para trás, surpreendida com aquela voz e pergunta.
- Olha quem é ela, ao tempo que não te via. – respondi eu
com uma gargalhada.
- O que te traz por cá? E que elegância é esta? – questionou
a M.
- Bom, voltei para cá há uns meses, e elegância?! Que
queres dizer com isso? Respondi eu admirada com a pergunta.
- Deixa-te de tretas, tu estás muito elegante. Fizeste,
regime, foste para o ginásio? O que fizeste para perder peso e estares assim
tão magra e elegante? -voltou a insistir a M.
- Caramba, miúda, não podes ver alguém assim como eu. Para
te ser honesta, não fiz nada disso. Não fiz dietas, não fui ao ginásio, faço a
minha vida normal, apenas caminho muito e desde que voltei para cá, aproveito
os bons ares desta terra. – retorqui eu
Já começava a ficar irritada com tanta pergunta sobre a
minha perda de peso, como se fosse algo fora de comum. Nunca fui de regimes ou
dietas, não gosto de ginásios, por isso, perder peso para mim foi sempre
difícil, mas, desde que voltei á minha terra, não sei bem porquê (talvez os
bons ares, ou o fato de fazer caminhadas) comecei a perder peso naturalmente.
- Mas, diz-me lá – insistiu a M. – quantos perdeste?
- Que chata me saíste. – respondi eu, enquanto acabávamos
de tomar o café.
- Vou responder-te, para ver se acaba a conversa. Perdi 25
kg, satisfeita?
A M. não me chateou mais e continuamos a recordar a nossa
infância, e juventude, sem problemas de peso pelo caminho.
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