Rasgados pedaços de mim se espalham pelas cinzas,
Qual puzzle desmanchado, pelo sabor da dor.
Procuro os pedaços que me tiraram da alma,
Rasgados de mim e espalhados ao vento.
Chamo pelo vento…que me traga notícias de mim
E o vento soprando, passa apressado, varrendo minha alma.
Chamo pela chuva…que venha lavar-me a alma.
Mas a chuva surda á minha dor…apenas salpica meu rosto.
Onde estão os pedaços que me faltam?
Rasgados…torturados…perdidos!!!
Chamo pelo rio que corre…saltitando de pedra em pedra.
Peço-lhe notícias dos meus pedaços perdidos.
Ele responde: - Galguei montes e vales, passei por cidades e aldeias, por pontes construídas, por campos floridos e não encontrei nada.
Chamo pelo mar sereno e azul.
Pergunto-lhe se no seu fundo encontrou algum tesouro…
Sim, tesouro, porque esses pedaços são tesouros preciosos.
E o mar me responde: - Minha doce sereia, vasculhei o mais fundo do meu leito, vi pérolas, peixes sem fim, mas esse tesouro não o vi.
Já não sei quem chamar…
Já não sei onde procurar…
Já não sei por onde caminhar…
Faltam-me os meus pedaços de alma…
Rasgados de mim e espalhados ao acaso!!!
angelis
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