19 março 2011

Pais, paizões e paizinhos

Exercer a paternidade é uma pesada responsabilidade. Existem diversas formas de o fazer e cada pai é único para o seu filho.

Ser pai não é apenas conceber um filho. O papel de pai estende-se, tal como o da mãe, para toda a vida e a forma como cada um encara a paternidade poderá definir a sua influência na vida da criança.
Gerar um filho terá de ser uma opção consciente do casal, e não considerar que o acto sexual e as suas consequências é o mesmo que ser pai.
Os progenitores, que não avaliam os seus actos e não pesam a responsabilidade futura, fazem parte do grande rol dos chamados “pais ausentes”.
Outros há que, embora tivessem avaliado as responsabilidades inerentes à paternidade, ficam "assustados" após o nascimento do bebé e não conseguem desempenhar adequadamente o seu papel.
Outros, fogem da paternidade e quando acidentalmente surge uma gravidez não programada, sentem-se “amarrados” e podem iniciar um processo de separação quando um teste anuncia a chegada do bebé.

As condutas paternas
Enquanto que, a maioria das mães parece vir preparada para ser mãe e assume a sua gravidez desde o início, os pais parecem não ter nascido com as mesmas competências.
Todavia, se uns se revelam mais cedo, outros podem assumir o seu papel mais tarde e com algumas variantes.
O denominado pelas crianças como "paizão" mostra-se geralmente pouco afectivo durante os primeiros dois anos, pois, para além de achar a criança muito indefesa, tem medo de a magoar e nem sequer encontra jeito de brincar com ela.
Todavia, quando a criança começa a mostrar-se autónoma ou semi-autónoma - anda, corre, fala, começa a comer sozinha - demonstra diversas capacidades escondidas. Lava-o consigo a passear, vai com ele sozinho ao jardim, vai com ele à piscina...
Nessa altura, a mamã, que não estava habituada a partilhar os passeios, pode aperceber-se de que a criança prefere sair com o pai aos seus mimos e brincadeiras.
Muito embora um pai divertido e folgazão que permite a criança rebolar-se na relva, molhar os pés nas poças ou comer um gelado antes do almoço, seja um ídolo para qualquer criança, é para a mãe uma preocupação constante.
Às vezes, a criança pode voltar resfriada ou com alguns arranhões resultantes de “pequenos acidentes”provocados pela brincadeira. Pai e filho saem de casa como duas crianças, e o papá esquece-se que é responsável pela criança.

Pais... pais... todos os tipos
Contrariamente aos pais que assumem o seu papel tardiamente, existem outros que querem tomar as rédeas da criação desde o primeiro momento.
Estão permanentemente atentos, avaliam continuamente as acções da mãe, e pensam que, no seu lugar, cuidavam melhor do bebé. Dão conselhos sobre o amamentar e vigiam constantemente os actos da mãe.
Querem participar em todos os cuidados, mudam a fralda, dão banho ao bebé e só não o alimentam porque não podem amamentar. Na hora de dormir, o pai quer deitá-lo e contar uma história, porque pensa que o bebé está melhor com ele.
Este tipo de pai não colabora, quer desempenhar o papel materno e chega a interferir no vínculo mamã-bebé, quando interrompe os seus diálogos e a sua troca de olhares.
O pai bon vivant é uma das espécies mais conhecida. Sempre bem-disposto, alegre e carinhoso gosta de se chegar ao bebé quando ele está a sorrir e divertido. Deixa aos cuidados da mamã todas as obrigações que careçam de atenção.
Nunca está disponível para a acompanhar ao pediatra e não consegue perder uma noite de sono quando o bebé adoece. Todavia, estará futuramente sempre disponível para estar presente nas comemorações do jardim de infância ou nos anos dos seus amiguinhos.
Nunca está cansado se se trata de passear. Não ralha, não proíbe a criança se trepa ou se anda na beira do passeio. Para as crianças, o papá é excepcional.

A felicidade de ser pai
Há homens para quem a felicidade suprema é constituir família e sentirem a paternidade como meta.
O nascimento de um filho vai fazer com que desfrutem o seu casamento e o considerem abençoado. Ajudam em todos os cuidados com o bebé, não questionam as rotinas que a mamã instituiu, são pacientes, e protegem a família.
Estes pais apoiam as mães nos primeiros relacionamentos com o bebé, não interferindo e promovendo a sua intimidade, para que o vínculo mãe-filho se estabeleça da melhor forma.
Este "pai-pai", muda as fraldas, dá banho ao bebé, vai ao pediatra sempre que o bebé adoece e apoia a família a qualquer momento.
Acompanha a mãe na educação da criança e, dado o seu apoio constante, a mãe sabe que se algo acontecer o pai estará sempre ao seu lado disponível.
Acompanhará o seu filho desde o primeiro momento e estará sempre presente nos momentos importantes da sua vida.
As primeiras palavras, os primeiros passos, o primeiro dia no infantário, a primeira comunhão, o final de curso...
Todos estes acontecimentos serão partilhados com o papá babado que faz questão de estar presente em cada novidade do seu filhote!

DESTAQUES
Contrariamente aos pais que assumem o seu papel tardiamente, existem outros que querem tomar as rédeas da criação desde o primeiro momento
O pai bon vivant deixa aos cuidados da mamã todas as obrigações que careçam de atenção
Há homens para quem a felicidade suprema é constituir família e sentirem a paternidade como meta
Os progenitores, que não avaliam os seus actos e não pesam a responsabilidade futura, fazem parte do grande rol dos chamados “pais ausentes”

(fonte: http://familia.sapo.pt)


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