Passei estes últimos dias na minha terra natal, em casa dos meus pais, e como sou tola por fotografia e queria experimentar a minha máquina nova…há que tirar fotos a tudo que encontrava em casa.
Ao mesmo tempo que tirava as fotos, velhas lembranças surgiam de mansinho…sorrateiras e sorridentes diziam: - Olá, estás boa? Por aqui? Lembras-te daqueles tempos inocentes em que brincavas despreocupada com tuas bonecas?
Minhas bonecas, que seria feito delas? Onde estariam? Corri á cozinha a perguntar á minha mãe por elas. Deixou o que estava a fazer e sorriu.
- Olha-me esta agora…quer saber das bonecas. É para levares para a escola? – Perguntou minha mãe a rir.
- Não – respondi eu, apressada – só quero tirar umas fotos para recordação.
E lá fui eu ao quarto que a minha mãe me indicou, e lá estavam elas, sorridentes, como se o tempo não tivesse passado, como se o tempo tivesse parado naquele instante.
Tirei a foto e sentei-me na beira da cama, com as bonecas ao meu lado.
Quanto tempo tinha passado, desde a última vez que com elas brinquei? Sinceramente não sei…anos, séculos, dias, umas horas, ou breves instantes…que importava isso agora? Reencontrava a minha infância, a inocência de outros tempos e sorria. Sentia-me feliz, pois sabia que a criança que vive em mim está cá, traquina, inocente. A criança que eu sou não morreu, não me abandonou, algures na estrada da vida e…revivo-a diariamente com as crianças com quem trabalho, revivo a inocência, a candura e as brincadeiras de outrora.
E a vossa criança, onde está?
E a vossa inocência, as vossas lembranças da infância, que fizeram delas?
Hoje, aqui, agora…é urgente acreditar.
Hoje, aqui, agora…é preciso sorrir.
Hoje, aqui, agora…deixemos a criança que somos viver, sorrir…acreditar.
Acreditar no sonho, na lua, na lágrima que rola.
Acreditar no abraço, na amizade.
E que a criança que somos viva…sonhe e acredite!!!
angelis
Espreitem o Pé de Vento [23/Março/04] sem medo ou sustos, pois é apenas uma leve brisa que sopra do coração.
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