“ O viajante almoça com uma amiga advogada em Fort Lauderdale. Um bêbado animadíssimo, na mesa ao lado, insiste em meter conversa a todo o instante.
A certa altura, a amiga pede ao bêbado para ficar quieto.
Mas ele insiste:
- Porquê? Eu falei de amor como um homem sóbrio nunca fala. Demonstrei alegria, tentei comunicar com estranhos. O que há de errado nisso?
- O momento não é apropriado – responde ela.
- Quer dizer que existe uma hora certa para demonstrar felicidade?
Depois desta frase, o bêbado é convidado para a mesa dos dois.”
Paulo Coelho “Maktub”
Reflexões imensas me suscitam este pequeno trecho do livro de Paulo Coelho.
Já pensaram se tivéssemos que estabelecer momentos certos para sermos felizes?
Se tivéssemos que estar sujeitos a horários rígidos para amarmos, para comunicarmos uns com os outros?
Qual é o momento certo, a hora certa para demonstrar felicidade?
Sabem dizer-me?
Eu não tenho hora para ser feliz…vocês têm? Qual é a vossa hora?
É sexta feira…fim de semana á porta, é tempo de lazer, de descanso, mas também de reflexão.
O que queremos? Para onde caminhamos? Qual o nosso horário para demonstrar felicidade?
Teremos que estar bêbados para falarmos sobriamente de amor?
A vida faz-se e diz-se…de pequenas coisas, pequenos momentos de alegria, de partilha, de sorrisos, de abraços.
Podemos não ter dinheiro, mas temos trabalho. Podemos não ter fome, mas temos comida na mesa.
Podemos não ter frio, mas temos agasalhos. Podemos não gostar da casa que temos, mas temos um tecto.
Somos uns felizardos, comparados com o resto da humanidade, pois a cada segundo morre alguém, pois a comida que estragamos matava a fome a milhares.
Horas, momentos para demonstrarmos felicidade?
Horários para falarmos de amor? Para amarmos?
Olhemos para o que somos, olhemos para o que temos…
É fim de semana…
Tempo de lazer…mas também tempo de reflexão…tempo de sorrir, tempo de amar e partilhar.
Porque a vida também se diz e faz…
Muitos sorrisos para todos.
E ousem ser felizes…
angelis
Espreitem o Pé de Vento [23/Março/04] sem medo ou sustos, pois é apenas uma leve brisa que sopra do coração.
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