13 junho 2006

Histórias tristes...ou a triste história de uma mulher

trilho solitário

A natureza humana não pára de me surpreender, e sempre que ouço histórias verídicas de mulheres, fico triste e pergunto-me como é possível...
Esta é a história da “mulher dos € 5”, ou a triste sina dos seus 2 filhos, ou mais uma história das mulheres galegas.
M. é casada e mãe de 2 crianças, um menino com 7 anos e uma menina com 4 anos e a historia dela começa com um episodio caricato no centro de saúde local.
Um belo dia, de manhã, em horário de consultas, entra o marido da M. muito zangado, pelo centro de saúde, e aos berros comenta: “ Era só o que me faltava, cheguei a casa e encontrei a minha mulher na cama com outro.”
O espanto dos utentes foi geral e os sussurros e comentários não paravam. O homem continuou: “Mas o que mais me chateia é que a “vaca” estava a beber o meu melhor uísque.”
Ai, não se contiveram...e as gargalhadas foram gerais. O homem era doido, então não queria saber do que se passava e apenas o preocupava a garrafa de uísque?
A partir dai, as bocas do povo nunca mais se calaram...e a M. fez jus á sua fama e começou a “aviar” clientes a €5.
A fama espalhou-se e a clientela aumentou. Mas, cada um faz o que quer da sua vida, o que revoltava as bocas populares era ela arrastar os filhos para as suas andanças e as pobres crianças assistirem a tudo. O que dizia o marido? Rigorosamente nada. A mulher trazia dinheiro para casa, e ele perdoava tudo pois gostava dela.
Um dia, pega nos 2 filhos e foge para outra terra, atrás de um homem. Por lá ficou cerca de 1 ano, até que voltou novamente a casa e retorna à mesma vida de sempre.
Queixas e tareias pelo meio, a policia metida ao barulho e o ultimo acto acontece quando, a família, preocupada com as crianças, resolve segui-la e descobre que ela os leva, quando vai atender os clientes e os deixa a dormir no seu carro.
Queixa formalizada à Protecção de Menores e os filhos são-lhe retirados.
E isto demoveu-a de continuar na vida que levava?
Nem pensar...vem novo filho a caminho de um qualquer cliente, e os outros 2 filhos, entregues aos cuidados de uma tia, sofrem a ausência da mãe e a pequenita diz que não gosta da mãe, que ela tem muitos homens e não quer saber dela.
Invenção? Nem pensar...esta é a triste história de 2 crianças cuja mãe trilha o caminho que escolheu, esquecendo-se dos sagrados deveres de mãe.
Conheço-os, conheço a sua triste realidade, e lamento a sua sorte, a das crianças que não pediram para nascer, que não escolheram a mãe que têm e, de certa forma, lamento as más escolhas daquela mulher, que se esquece dos filhos e que apenas pensa no seu triste vicio, que lhe dá €5 por cliente.

Para pensar...sem sombra de duvida!!!


angelis

9 comentários:

  1. Uma tristeza...
    Um ser humano irracional ou preguiçoso
    que esquece os seus deveres básicos
    e fundamentais acrescido dos responsabilidades de mãe...
    Para sobrevivência? Não!
    Apenas para usufruir de vicios!

    Infelizmente, existem muitas situações análogas, de desprezo absoluto pela vida das crianças.

    ResponderEliminar
  2. Relatos como estes, fazem "vir ao de cima" o pior que eu tenho...
    Pelo respeito que tenho por este Blog e pela sua autora, fico-me por aqui.
    Aquele abraço.

    ResponderEliminar
  3. Embora a narrativa não o indique, mas eu creio que o mais provável seria as crianças, filhos da M., serem de algum seu cliente? Irrelevante será saber de quem seja realmente o pai das crianças,não é? Como irrelevante será tambem elas terem sido meros acidentes de percurso, neste caso talvez de trabalho, no percurso profissional da M., e que por essa razão se transformaram em empecilhos na vida de uma mãe de nome, mas de coração insensível. É triste, chocante e sôa desagradável esta história, contudo ela encerra uma verdade única, já que este lamentável exemplo está triatemente disseminado por esse desumano mundo de miséria no qual vivemos, de que são as crianças que irremediávelmente sofrem com as atrocidades que os pais cometem contra elas, e contra si próprios. Não chega só ter pena, ou rotular as crianças de coitadinhas, há que agir, ou fazer algo ao nosso alcançe. Uma medida óbvia e salutar, será denunciar á autoridade situações incomportáveis para a vida humana como esta, e mais sério quando toca a crianças frágeis e inocentes, uma vez que a actual legislação protege os menores, e o gesto de denunciar, se tornará para esses infortunados, um autêntico gesto de misericórdia. A educação e o exemplo cívico que as crianças recebem hoje dos adultos, vão se reflectir infalivelmente no amanhã, agora imaginem como serão os homens e as mulheres no futuro, qunado em tenra idade estão inseridos num ambiente familiar, em que o pai é alcoolico e a mãe prostituta? As crianças são incontestávelmente um bem inestimável que todos nós temos, e protegê-las e ampará-las é um dever, e acarinhá-las e sobretudo dar-lhes Amor, muito Amor é uma obrigação. Não é por acaso como alguêm já o disse, que elas espelham o rosto de Deus, no seu retrato mais belo, puro e bondoso. Muitas felicidades para a Angelis, dando-lhes os meus sinceros parabéns por esta publicação importante e feliz, ácerca de um dos temas mais delicados e sensíveis que marcam a actualidade inquietante, dos dias de hoje.

    Dominio dos Anjos

    ResponderEliminar
  4. Para pensar... sem sombra de duvida!!...
    Mas o mais interessante é que aquela a quem atiram pedras é a que tem menos culpas em todo o processo. Que sociedade hipócrita em que vivemos.
    Fica bem.
    manuel

    ResponderEliminar
  5. Essas mulheres (tb conheço uma)deviam ser esterilizadas, quer quisessem quer não. Tiram-lhes os filhos (uma violencia para as crianças) mas deixam-nas continuar a trazer seres ao mundo...
    Há muitas crianças com "mães" assim. Normalmente são essas que na escola não aprendem... e a culpa, claro que é dos professores!!

    ResponderEliminar
  6. É verdade, nós filhos não escolhemos os pais que temos, uns tem sorte mas já outros não tem essa sorte de usufruir de pais 5*.
    Quero eu dizer que numa história desta a mãe das crianças não devia só pensar nela própria, pois trouxe ao mundo 2 crianças pelas quais sofrem como quaisquer outras, mas sofrem mais porque não tem uma mãe que os mime. Eu não vinho criticar essa mãe, mas que há empregos mais dignos e melhores isso há...
    Eu ainda não sou mãe, mas antes de pensar em mim pensarei nos meus filhos (esses serão as melhores coisas que Deus me dará ao mundo). Enfim, e mesmo que essa mãe tivesse de ter esses clientes porque não encontrará outro emprego isso não é motivo para não dar atenção, respeitar, dar amor às suas 2 crianças. Mas não é o caso desta história, esta mãe tinha clientes por ineciativa própria e com a necessidade de se deixar levar por esses clientes. É triste haver mães assim, deixando vir ao mundo crianças para mais tarde sofrerem. Nós filhos não escolhemos os pais que temos, mas os pais podem escolher os melhores momentos para terem um filho, para que este sofra o menos possível. Cumprimentos.
    Jéssica Silva.

    ResponderEliminar
  7. Olá.!
    É a primeira vez que vejo seu blog, o encontrei ao acaso, e gostei muito do seu estilo para escrever.
    Sou nova no blog, acabei de criar um que irá retratar mais ou menos as mesmas coisas que o seu.
    Entre lá e dê uma olhada. Comecei a postar ontem, então não tem muita coisa ainda.
    Obrigada.
    Beijo.

    ResponderEliminar
  8. Lindo blog! Se puder me visitar, http://sindromemm.blogspot.com
    Valeu!

    ResponderEliminar
  9. .. muito triste ,,

    ResponderEliminar

Reencontros ou…partidas da vida?

  (foto de Álvaro Rocho) Há uns dias, reencontrei alguém que não via há 18 anos… Fiquei admirada, pois não esperava esta surpresa da vida,...