(imagem de Vitor Melo)
Perdidos na escuridão que se abateu sobre a cidade, buscamos as nossas almas perdidas.
Perdidos de nós mesmos, buscamos a luz que possa iluminar nossos passos.
Perdidos da vida, buscamos a esperança de um novo amanhecer.
Olho para os prédios que me rodeiam e tento adivinhar o que cada um esconde.
Vislumbro aqui e ali pequenos pontos de luz, que tímidos se mostram por detrás das cortinas.
Que esconde cada lar?
Que dramas ocultam essas paredes?
Na selva urbana em que a maioria de nós vive, onde nos encontramos?
Na lei do mais forte, onde nos defendemos?
Na indiferença que percorre os olhares, onde nos auxiliamos?
Onde habita o amor?
Onde mora a esperança?
Em que prédio tocamos á campainha do auxilio?
Como sufocar o grito de desespero?
Como?
Onde?
Para quê?
Porquê?
Há vidas perdidas...
Há esperanças frustradas...
Há lares desfeitos pela intolerância, pelo desafecto...
Irmãos lutam entre si...
Pais abandonados...
Velhos despojados da sua dignidade...
Onde vamos parar?
Onde queremos chegar?
Perdidos da vida...perdidos de nós....quem sabe achados numa viela miserável...
Perdidos...
Talvez um dia resgatados pelo amor de alguém...
Talvez um dia iluminados pelo sorriso fraterno de alguém...
Perdidos...
E continuamos vagueando pela selva da vida, quais predadores...
Perdidos...
Talvez um dia achados...
angelis
Talvez... vamos ter esperança que seja verdade.
ResponderEliminarAquele abraço.
É a nossa esperança... é sermos "achados" por aquele alguém que escolhemos!
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